Sociedade

Número de cristãos na China já supera o de filiados ao Partido Comunista

 


O governo comunista da China tem demonstrado fúria contra os cristãos nos últimos tempos, derrubando igrejas, prendendo bispos e outros líderes da Igreja considerados clandestinos e ordenando ilicitamente sacerdotes dóceis ao regime como “bispos católicos”. Por trás dessa escalada da repressão, porém, e como sua causa verdadeira, está acontecendo na China um rápido crescimento da população de cristãos.

Antes de continuar com o texto, alguém se lembra desta profecia de Jesus?

E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Mateus 24:14

Existem hoje (oficialmente) cerca de 100 milhões de cristãos no país mais populoso do mundo. Só os católicos são cerca de 12 milhões. Muitos deles são novos convertidos, que, ansiosos por cumprir a Grande Missão, estão evangelizando os seus concidadãos chineses.

O Partido Comunista Chinês também tem feito recrutamento de novos membros ao longo dos últimos anos, abrindo as suas fileiras para intelectuais, empresários e outras classes anteriormente consideradas “suspeitas”, inclusive capitalistas! Ainda assim, os 86,7 milhões de seguidores formais desta “fé comunista” hoje decadente – a maioria dos quais são comunistas só de nome, já representam menos gente que os crescentes e vibrantes grupos de seguidores do cristianismo na China.

De acordo com um estudo da Academia Chinesa de Ciências Sociais, pelo menos 45 milhões de evangélicos estão organizados em igrejas domésticas. O número de católicos na China é estimado em cerca de 12 milhões, segundo a organização católica Centro-China. O número de católicos registrados é perto de seis milhões, tão alto quanto os membros das igrejas católicas clandestinas.

Para os líderes do país, que preferem claramente que o povo chinês não acredite em nenhum deus a não ser no deus-Partido (e o Partido são eles), esta situação é intolerável. A resposta comunista é a recente onda de perseguição anticristã. A boa notícia é que o catolicismo na China está em ascensão mesmo assim.

Steven W. Mosher, que é especialista em demografia e controle da população chinesa, informa que não houve igrejas derrubadas nas províncias do norte da China que ele visitou.

O que houve foram igrejas construídas. As milhares de igrejas que foram derrubadas ou confiscadas por ordem do Partido durante os anos cinquenta e sessenta foram quase todas reconstruídas ou reformadas, em muitos casos com donativos estrangeiros. Um exemplo é a igreja paroquial de Dongergou, na província de Shanxi, onde as missas vêm sendo celebradas de forma contínua há mais de 220 anos.
Eu me lembro das faces das pessoas que assistiram à missa diariamente enquanto estive ali. Elas chegavam meia hora mais cedo e passavam o tempo cantando orações em chinês clássico, compostas centenas de anos atrás. Na hora de começar a missa, a igreja estava lotada.

Muitas novas igrejas foram construídas, às vezes com permissão oficial, às vezes sem.

Esta é uma área onde os leigos com frequência tomam a iniciativa. Numa das aldeias, os paroquianos, que em grande medida são novos convertidos, organizavam reuniões de oração e missas ocasionais quando um padre podia estar presente. O local? Um estábulo abandonado. Fiz a eles um donativo para ajudar na construção de uma nova igreja.

Eu me lembro das faces das cinquenta duplas de evangelistas de uma paróquia que, cheios de zelo, viajavam de moto todo domingo de manhã para evangelizar as comunidades vizinhas. Eles iam à missa da igreja paroquial na noite anterior; no domingo de manhã, depois de uma bênção dada pelo padre local, já estavam a caminho de aldeias que ficavam a quinze, trinta, cinquenta quilômetros de distância para pregar o Evangelho. Eles se reuniam com pessoas curiosas sobre a fé em casas de famílias, para ler a bíblia e orar. Alguns desses grupos de novos crentes já eram grandes demais para se reunir na casa de alguém. Quando o governo local lhes negou a permissão para construir uma igreja, eles construíram um “salão social”. Uma igreja com outro nome ainda é uma igreja, desde que devidamente consagrada.

Quando se anda pelas ruas da China, veem-se muitas pessoas usando cruzes hoje em dia.

Se você perguntar, elas vão responder que são cristãs, mesmo que, na verdade, não saibam quase nada sobre a fé. Um chinês se torna membro de uma igreja doméstica frequentando-a nem que seja uma única vez. Um chinês passa a ser cristão ao ler o Evangelho de Marcos e fazer uma oração em que aceita Jesus como seu Senhor e Salvador.

Vários bispos católicos estão em prisão domiciliar na China por rejeitarem a autoridade da Associação Católica Patriótica Chinesa (ACP), uma organização de fachada criada pelo Partido Comunista Chinês para monitorar e controlar os católicos. Isto inclui o bispo de Xangai, dom Thaddeus Ma, que está em prisão domiciliar no Seminário de Sheshan há mais de dois anos. Dom Ma aproveitou a sua missa ordenação para anunciar que estava renunciando à ACP. Seu anúncio foi recebido pela congregação de 1.000 membros com aplausos estrondosos, o que não é surpreendente se considerarmos o desprezo dos fiéis católicos por aquela organização manipulada pelo governo.

A conversão da China ao cristianismo tem sido um processo longo. Os cristãos nestorianos chegaram à China no século VII, mas obtiveram poucas conversões. Os jesuítas chegaram no século XVI, alimentando a esperança de que, se pudessem converter o imperador, milhões de chineses também abraçariam a fé. O grande jesuíta Matteo Ricci impressionou o imperador Wanli, da dinastia Ming, que presenteou à Igreja o terreno em que a Catedral do Norte, de Pequim, está hoje situada. Um dos sucessores do pe. Ricci chegou muito perto de converter o imperador Shunzhi, da dinastia Qing, que participou de cerca de vinte e quatro missas na mesma igreja. “A história do mundo teria sido muito diferente se eles tivessem conseguido.”

Porém, a abertura maior para o ocidente nos últimos anos também “afrouxou” a perseguição em algumas regiões. A Constituição chinesa afirma que os cidadãos chineses “gozam de liberdade de crença religiosa.” Ao mesmo tempo, o Estado proíbe organizações públicas de qualquer religião. Contudo, em 2012 o governo da China lançou uma campanha de três fases para erradicar todas as igrejas evangélicas do país.

Estudiosos acreditam que o quadro atual seja irreversível, embora o Partido Comunista continue criando “ondas” de perseguição, como a destruição de monumentos cristãos ou a recente ordem para retirar as cruzes de todas as igrejas.

Hoje, séculos depois, o Espírito Santo está mais uma vez em ação de maneira muito poderosa nesta terra tão antiga, despertando os corações e as mentes do povo chinês para o amor e o perdão de Deus.

Nota: Assim como aconteceu nos tempos do Império Romano – que perseguiu e tentou de todas as formas exterminar os cristãos, ao passo que a cada morte de um cristão, mais pessoas se convertiam ao cristianismo. Assim também está acontecendo com a China, a qual os especialistas já afirmam que o quadro é irreversível, ou seja, que mesmo com toda perseguição do Partido Comunista, logo grande parte da população da China conhecerá o Evangelho do Reino e muitos se converterão e conhecerão à Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

Aleluias e glórias por isto! O tempo está próximo! Jesus está voltando!

 

Referências:

Aleteia – Why the Crackdown? Christians Now Outnumber Communists in China;

Gospel Prime – Número de cristãos na China supera o dos filiados ao Partido Comunista

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