Ciência/Religião

Fatos científicos que você não vê nos livros didáticos

 


A geologia diluviana interpreta a história geológica da Terra em termos de catástrofes associadas a um dilúvio universal, conforme descrito no livro do Gênesis. A paleontologia, por sua vez, é a investigação científica da história passada da vida na Terra, sendo de considerável interesse para a comunidade criacionista. A paleontologia criacionista está relacionada geralmente à história da morte em massa dos organismos e não necessariamente a como eles teriam vivido. Assim, veremos aqui alguns fatos que sugerem a veracidade do relato bíblico de nossas origens e que, a propósito, não estão contemplados nos livros didáticos.

Formação rápida de camadas sedimentares na natureza

Em 1967, o geólogo criacionista norte-americano Edwin McKee relatou suas observações de que camadas poderiam ser formadas rapidamente na natureza com a ação da água.[1] Para McKee, o depósito era um sistema de camadas formadas simultaneamente, onde os sedimentos haviam sido depositados na mesma forma estratigráfica encontrada nas rochas da coluna geológica. Ele chegou a essas conclusões por meio de suas pesquisas com o evento que ocorreu em 1965, no rio Bijou Creek, no estado do Colorado, EUA. Esse rio transbordou devido a uma chuva torrencial que durou 48 horas e produziu um depósito de sedimentos de 3,5 metros. Esse depósito apresentou classificação de partículas e planos de estratificação.

Em 1980, ocorreu a erupção do Monte Santa Helena, localizado no Estado de Washington, EUA. Essa erupção e seus fluxos piroclásticos provocaram deslizamentos de terra que derrubaram florestas, e árvores foram sendo arrastadas e enterradas em pé, nos sedimentos depositados no fundo do Lago Spirit Lake.[2, 3] Ademais, a erosão rápida formou pequenos cânions e houve formação de turfeiras devido ao acúmulo de cascas, folhas, galhos e raízes de árvores. Mas o resultado principal desse evento catastrofista é que, em três horas de fluxo catastrófico (erupção e deslizamento), foi produzido um depósito de sedimentos de sete metros, demonstrando a possibilidade de formação rápida de estratos geológicos.

Além disso, geólogos criacionistas estudaram o curioso caso de troncos de árvores arrastados e depositados na posição vertical, em diferentes momentos, com suas raízes enterradas em diferentes níveis, no fundo do lago Spirit Lake, com sedimentos em torno de suas bases, e que explicariam a formação rápida dos “fósseis poliestratos” ou da floresta petrificada do parque Yellowstone, representantes fósseis que, sob a perspectiva evolucionista, atravessam eras evolutivas.[4-7] Um dos geólogos que se destacou em publicações científicas sobre as “florestas fósseis” foi o Dr. Harold Coffin (in memoriam), membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia e pesquisador do Earth History Research Center mantido pela Southwestern Adventist University. Ele foi o primeiro cientista a entrar na área do Spirit Lake.

Outro geólogo que chamou a atenção da comunidade científica em relação às florestas petrificadas do Parque Nacional de Yellowstone foi o pós-doutor em geologia Arthur Chadwick.[8] O Dr. Chadwick também é membro da IASD e, na época, pesquisador da Universidade de Loma Linda. Ele conduziu um estudo que esclareceu a história deposicional das árvores petrificadas nessa região.

Formação rápida de camadas estratigráficas em laboratório

De longe, os experimentos de laboratório do Dr. Guy Berthaut são os que mais fortalecem a tese da formação rápida de todas as camadas estratigráficas devido a catástrofes associadas a um dilúvio universal. Esses experimentos confirmaram a pesquisa anterior do Dr. Edwin McKee. Os experimentos foram feitos em grandes canaletas com paredes de vidro, por onde passava água contendo sedimentos. Assim, a deposição dos sedimentos podia ser observada.[9-11]

Berthaut demonstrou que o escoamento da água tende a segregar os sedimentos de acordo com o tamanho das partículas (granulometria). As partículas, por sua vez, passam então a desacelerar pelos sedimentos já depositados, dando origem a lâminas superpostas que se formam na direção do escoamento. Por meio desses experimentos ficou demonstrada a natureza mecânica da estratificação.

Berthaut descobriu também que os estratos podem ser formados ao mesmo tempo, tanto na vertical quanto na horizontal, convalidando as observações anteriores de Johanes Walther, que demonstrou que os Princípios da Estratificação não se aplicam quando há escoamento.[12] O experimento sugeriu de igual modo que as camadas sobrepostas não se sucedem cronologicamente. Pesquisas similares obtiveram os mesmos resultados: a estratificação é resultante da sedimentação produzida pelo escoamento da água.[13, 14] Portanto, a formação das camadas encontradas na coluna geológica foi resultante de um processo hidrodinâmico rápido e não de uma sedimentação lenta por milhões ou bilhões de anos.

Coluna geológica reproduzida em laboratório

bolo camadasExistem evidências que mostram que as camadas que compõe a “coluna geológica”, tidas pelo paradigma atual como sendo “cronológicas”, se formaram pela sedimentação leve e calma. Isso sugere evidências a favor de catástrofes associadas a um dilúvio global. Peraí! Mas no dilúvio as águas não estavam turbulentas? Sim, estavam. Mas após o dilúvio a água começou a perder o ritmo, misturada a muita lama e sedimentos. Houve soterramentos rápidos de animais, cujas posições na coluna geológica possivelmente se deram de acordo com alguns fatores (motilidade, flutuabilidade e zoneamento ecológico) e, posteriormente, mais sedimentos foram se acomodando gradualmente e formando os diferentes estratos que podemos observar nas montanhas ou nos cânions.

No que diz respeito à formação de fósseis, sabe-se que esse processo não ocorre em “milhões de anos”. Os dados atuais mostram que o início de formação de um fóssil se dá dentro de algumas horas após o soterramento do animal, e pode levar até algumas semanas para que o processo de fossilização esteja completo.[15-17] No livro Princípios da Estratigrafia, encontramos que, em algumas formações onde esqueletos articulados de grandes animais são preservados, “o sedimento deve tê-los coberto dentro de alguns dias, no máximo”.[15: p. 128] Há evidências de situações e organismos fossilizados que sugerem um soterramento instantâneo, tais como águas-vivas,[18, 19] cérebro de peixe,[20] ictiossauro dando à luz seu filhote,[21] peixe engolindo outro peixe,[22] pterossauro e outros dois peixes no momento em que se alimentavam um do outro, sem qualquer vestígio de digestão.[23]

Nesses casos, cristais minerais formaram-se em seus tecidos logo após a morte do organismo, iniciando o processo de fossilização, antes que a decomposição do tecido se estabeleça. Em 1993, cientistas estavam estudando fósseis de camarões encontrados no estômago de alguns peixes fossilizados e bem preservados, por sinal.[24] Eles descobriram que a partir da indução de bactérias é possível criar camarão fóssil em apenas quatro a seis semanas. Um artigo da New Scientist comentou a descoberta: “Em apenas algumas semanas, eles conseguiram imitar um processo de mineralização que levaria milhões de anos na natureza.”[17: p. 17] Ao mesmo tempo, pesquisas mostram que peixes começam a indicar sinais de decomposição em poucos dias ou semanas após a morte.[25]

Experiências com crustáceos, por exemplo, tais como camarões, têm demonstrado que essas criaturas se decompõem em algumas semanas.[26, 27] Por sua vez, ossos deixados expostos na superfície são geralmente destruídos por predadores e decompositores em alguns dias ou semanas, enquanto conchas podem durar centenas de anos, se as condições forem favoráveis.[28] Em 2003, um estudo evidenciou que carcaças de vertebrados se decompõem pela ação de bactérias na água dentro de um a seis meses, enquanto no interior da terra as larvas de insetos decompõem os vertebrados a partir de duas semanas.[29] Em 2016, cientistas forenses submergiram carcaças de porcos em um laboratório subaquático.[30] Os experimentos conduzidos demonstraram que a carcaça pode ser decomposta até ao osso dentro de três ou quatro dias.

Essas evidências corroboram o modelo de formação rápida de fósseis e dos estratos geológicos que possivelmente os soterraram repentinamente, devido a catástrofes de grandes proporções. Em 1979, por fim, uma equipe liderada pelo paleontólogo Dr. Leonard Brand, na Universidade de Cornell, EUA, desenvolveu uma pesquisa em laboratório que demonstrou de forma inesperada a possibilidade de formação rápida de camadas sobrepostas.[31-33] O resultado foi a presença de estratigrafia (a mesma formação nas camadas que vemos hoje na natureza). O Dr. Brand é membro da Igreja Adventista e professor titular da Universidade Adventista de Loma Linda, na Califórnia. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.

Os experimentos de Brand e sua equipe mostraram também que a sequência dos fósseis de animais na coluna geológica era resultado do fator flutuabilidade dos corpos, e não do fator peso. Isso porque, após a morte, alguns vertebrados tendem a flutuar mais tempo do que outros. As aves flutuam uma média de 76 dias, os mamíferos 56 dias, os répteis 32 dias, e os anfíbios cinco dias.[34: p. 162] Portanto, a pesquisa mostrou que a coluna geológica é classificatória e não cronológica. Após fazer essa descoberta, ele ficou tão impressionado que se tornou criacionista.

Coluna geológica de cabeça para baixo

rangerA “coluna geológica”, tal como mostrada nos livros didáticos, é uma mentira. Parte dessa coluna geológica é encontrada de cabeça para baixo no Paquistão. Aos pés das montanhas de Karakorum, na Salt Range Formation, cientistas descobriram plantas e insetos fossilizados.[35, 36] De uma perspectiva evolucionista, eles pertencem à parte de cima da coluna geológica, isto é, às camadas mais recentes. No entanto, essa formação está debaixo de rochas cambrianas, as quais supostamente têm mais de 400 milhões de anos. Então, por que fósseis de vidas mais complexas estão abaixo dos fósseis considerados primitivos? Esse é um problema para o darwinismo que parece ainda não ter sido resolvido.[37]

Essas descobertas apoiam a versão bíblica da história da Terra a partir da qual a “coluna geológica” seria uma consequência de catástrofes associadas a um dilúvio global. Não é surpresa alguma a ordem do registro fóssil, com criaturas marinhas abaixo das terrestres; e criaturas mais ágeis, tal como as aves, perto do topo, conforme mostrado no tópico anterior. Mas como a Salt Range Formation testifica, os gráficos ordenados incluídos nos livros didáticos, que mostram camadas sucessivas tidas como “cronológicas”, não correspondem às pesquisas de campo.

Formação rápida de rochas graníticas. Podemos encontrar evidências de uma “Terra jovem” nos elementos radioativos. Foi descoberto que rochas graníticas (encontradas em toda parte no planeta) contêm alguns radio-halos produzidos por isótopos de polônio primordial (quando não existe um precursor identificável desse elemento). Os halos de polônio – anéis formados por danos causados pela radiação na estrutura cristalina do mineral hospedeiro – foram encontrados em granitos considerados pré-cambrianos, revelando que esse tipo de rocha possivelmente foi formado de forma repentina (em torno de três minutos).[38, 39]

Essa pesquisa foi conduzida pelo Dr. Robert Gentry, físico nuclear e a maior autoridade mundial em halos de polônio. Ele é membro da Igreja Adventista e foi premiado com um doutorado honorário da universidade adventista Columbia Union College. As descobertas de Gentry resultaram na autoria e coautoria de mais de 20 artigos em publicações científicas, tais como Science, Nature, Geophysical Research Letters, Annual Review of Nuclear Science e Earth and Planetary Science Letters. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.

Camadas de rochas dobradas e não fraturadas

Em diversos locais do planeta estratos de rochas sedimentares foram curvados em dobras mais ou menos regulares; algumas de pequena dimensão, outras em extensões de vários quilômetros.[40, 41] Como uma série de camadas sedimentares poderia dobrar sem quebrar? A única possibilidade seria se todas as camadas sedimentares tivessem sido depositadas espontaneamente, em rápida sucessão e, em seguida, dobradas enquanto ainda estivessem macias e maleáveis. A geometria arqueada sugere que os estratos ainda estavam em estado macio, não litificados, no momento da deformação. Essas constatações, portanto, reforçam a hipótese de formação recente das dobras de rochas devido a catástrofes associadas a um dilúvio global.[3, 42]

Rápidas transformações topográficas e retorno da vegetação

anakA partir da experiência repetida e uniforme, é possível constatar que em questão de horas grandes extensões de terra podem ser transformadas radicalmente por catástrofes naturais. Em 1883, por exemplo, o vulcão Perbuatão, na ilha de Krakatoa, Indonésia, explodiu e fez afundar dois terços da ilha, que tinha anteriormente uma área de 40 km2, deixando-a biologicamente morta. Em apenas 50 anos, uma nova e pequena ilha chamada Anak Krakatau já havia emergido no lugar da antiga ilha e toda a fauna e flora estavam recuperadas.[43, 44]

Em 1963, a ilha vulcânica de Surtsey, localizada no sul da Islândia, simplesmente surgiu no meio do oceano. Em cinco dias já tinha uma extensão de 600 metros, chegando depois a 2 km. Apenas cerca de cinco meses foram suficientes para formar uma praia de aparência antiga, com uma paisagem variada e amadurecida. Quando a ilha foi visitada, parecia que já estava ali por muito tempo.[34: p. 195, 44]

A ilha vulcânica de Nishinoshima, por sua vez, foi vista em 1973 pela primeira vez em erupção no meio do oceano pacífico, a cerca de 1.000 km ao sul de Tóquio. Dentro de um mês, a ilha subiu 25 metros acima do nível do mar. O mais intrigante é que a terra vulcânica é extremamente favorável à vida. Em apenas 40 anos, a vegetação já havia florescido.[46]. Esse surgimento rápido da ilha, e ainda por cima com crescimento rápido de vegetação após vulcanismos, fortalece a ideia de catástrofes associadas ao dilúvio.

Evidências de águas subterrâneas

Em 1989, um projeto iniciado na península de Kola, Rússia, perfurou um poço de 12.262 metros, considerado um dos poços mais profundos já perfurados.[47] O objetivo era analisar o que havia entre a camada de granito e basalto, mais especificamente na zona intermediária. Os russos ficaram surpresos com os achados. Havia água salina e extremamente quente (a 180 ºC). Em 1994, outra equipe perfurou um poço na Bavária, Alemanha, e atingiu a profundidade de 9.101 metros.[48] Foi encontrada água quente e salina, com um teor duas vezes maior que as águas dos mares na superfície.

Como foi parar lá toda essa água salgada? Note que ambos os poços não estavam próximos ao mar, portanto, não teria como as rochas ou as camadas terem prendido água salgada entre elas. Baseando-se no relato bíblico que afirma que todas as fontes das grandes profundezas jorraram água durante o dilúvio (Gênesis 7:11) e nos achados técnicos de perfuração de poços ultraprofundos, foi criada em 1980 a Teoria das Hidroplacas, que explica a questão da existência de águas subterrâneas e seu papel durante o dilúvio. Mas será que existem evidências científicas que corroboram essa teoria?

Em 2014, um estudo publicado na revista Nature analisou o cristal microscópico de um mineral nunca antes visto em uma rocha terrestre, que detém pistas para a presença de uma enorme reserva de água escondida no interior da Terra.[49] Os cientistas afirmam que entre 410-660 quilômetros abaixo da superfície exista uma reserva que poderia conter o equivalente a todos os oceanos combinados. Em 2014, outro estudo publicado na revista Science descobriu um vasto reservatório de água 660 km abaixo da crosta da Terra, na zona de transição, suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes.[50] Mais informações podem ser encontradas aqui e aqui.

Ausência de erosão entre os estratos (contato plano-paralelo)

A ausência ou pouca evidência de erosão observada no contato plano-paralelo entre os estratos geológicos, somadas a esse fato as evidências de formação espontânea das camadas pela desaceleração e acomodação lenta de uma mistura de lama, é um grande indício contra o uniformitarismo geológico.[51-53] Se o evolucionismo estiver correto e as camadas representarem tempos geológicos de milhões de anos, deveriam existir muitos sinais de erosão de uma camada para a outra, uma vez que supostamente estiveram expostas por longo tempo às intempéries. No entanto, não é isso que se observa.

Segundo William R. Corliss, escritor e catalogador de anomalias científicas, “mais importante para o pensamento geológico são as inconformidades que sinalizam que grandes pedaços da história geológica estão faltando, embora as camadas em ambos os lados da inconformidade sejam perfeitamente paralelas e não mostrem evidência de erosão. Será que milhões de anos voam sem nenhum efeito perceptível? Uma possível inferência, embora controversa, é que nossos relógios geológicos e conceitos estratigráficos precisam ser trabalhados”.[54: p. 219]

Além do mais, os índices de erosão são tão rápidos que todas as supostas camadas já deveriam ter sido erodidas por completo, pois como afirma o zoólogo adventista Dr. Ariel Roth, “espera-se uma média regional de mais de cem metros de erosão em somente quatro milhões de anos”.[34: p. 195] Ainda segundo ele, “a taxa atual de erosão de nossos continentes é tão rápida que esperaríamos que eles fossem erodidos até o nível do mar em mais ou menos dez milhões de anos”.[55] Roth conclui: “A falta de evidência de tempo na superfície das camadas subjacentes de uma paraconformidade [superfície plana] sugere que os longos tempos nunca ocorreram.”[56] Portanto, a pouca evidência de sinais de erosão nesses intervalos da coluna geológica sugere depósito rápido, como era de se esperar no caso de um dilúvio.

Formação rápida de cânions

DCIM100GOPROO evento ocorrido em 1926 com o Burlingame Canyon, um cânion nos moldes do Grand Canyon, porém menor, demonstra que formações geológicas dessa magnitude podem ser formadas em apenas seis dias, devido ao processo erosivo causado pelo escoamento de grandes volumes de água.[57] Esse cânion está localizado perto da cidade de Walla Walla, Washington, EUA. Ele se formou rapidamente (seis dias) depois do rompimento do Lago Missoula, na bacia de Walla Walla.

Em 1980, a erupção do Monte Santa Helena causou um deslizamento de terra e fluxos de lama e cinzas responsáveis por uma imensa erosão em uma extensão de cerca de 60 quilômetros quadrados, abaixo do ponto inicial. O fluxo de lama foi transportado por muitos quilômetros abaixo, correndo um sistema de cânions de até 457 metros de comprimento e 42 metros de profundidade nas cabeceiras do afluente North Fork, do vale do Rio Toutle, no sudoeste de Washington, estabelecendo um novo padrão dendrítico de drenagem.[58] Esse novo terreno possivelmente serve como um vislumbre dos mesmos processos que formaram o Grand Canyon do rio Colorado. O pequeno “Grand Canyon do Rio Toutle” é um modelo em escala de um quadragésimo do real Grand Canyon. Os pequenos riachos que fluem através das cabeceiras do Rio Toutle hoje podem parecer, pelas aparências atuais, ter esculpido esses cânions muito lentamente, durante longo período de tempo, exceto pelo fato de que a erosão foi observada ocorrendo rapidamente.

Outro fato curioso relacionado à formação de cânions diz respeito à nova descoberta de uma rede imensa de cânions embaixo do gelo da Antártida.[59] Segundo os pesquisadores, “a rede sinuosa de cânions teria cerca de mil quilômetros de comprimento e, em alguns trechos, até 1.000 metros de profundidade. Essas dimensões fariam da formação algo maior que o famoso Grand Canyon”.[60] O jornalista de ciência Michelson Borges comentou sobre a descoberta: “Surgem novas evidências de que houve uma catástrofe hídrica que ‘rasgou’ nosso planeta, deixando marcas profundas em sua superfície, incluindo aí a Antártida. Já não é fácil para os evolucionistas explicar a formação plano-paralela dos estratos geológicos no Grand Canyon, que sugerem superposição rápida de toneladas e toneladas de sedimentos; agora imagine explicar fenômeno semelhante (se for confirmado) debaixo do gelo polar.”[61]

Formação rápida de petróleo

Muitas evidências indicam que os depósitos de petróleo foram formados a partir do soterramento rápido de sedimentos e que o petróleo está sendo formado ainda hoje, um fator que apoia fortemente a conclusão de uma origem recente.[62-65] Pesquisadores da Exxon, por exemplo, descobriram o processo de decomposição térmica que ocorre quando os compostos orgânicos são aquecidos a temperaturas elevadas na presença de água, e esse processo é significativo para a criação de combustíveis fósseis.[66]

Segundo os pesquisadores, a água superaquecida desempenha um papel importante na transformação da matéria orgânica em óleo num tempo relativamente curto.[66] Eles usaram um recipiente reator sob pressão para misturar materiais orgânicos necessários e bombearam água superaquecida através das amostras. No fim da experiência, óleo tinha sido formado na superfície da água. Esse experimento mostra que há um caminho alternativo para a formação de petróleo na Terra.

Outra evidência surpreendente está relacionada ao fato de podermos observar na natureza a formação em tempo real de petróleo na bacia de Guaymas, no golfo da Califórnia.[67, 68] A 1.829 metros de profundidade, acúmulos de sedimentos orgânicos (algas marinhas e outras fontes orgânicas) em ambiente aquoso estão sendo convertidos em óleo por meio de pressão e água superaquecida de aberturas geotérmicas.

 

Convite: Leia gratuitamente meu Web Book “Teoria do Design Inteligente – Evidências Científicas no Campo das Ciências Biológicas e da Saúde.Disponível Neste link!

Referências:

[1] McKee ED, Crosby EJ, Berryhill Jr. HL. “Flood deposits, Bijou Creek, Colorado”, 1965. Journal of Sedimentary Petrology 1967; 37:829-851.
[2] Snelling A, Mackay J. “Coal, volcanism and Noah’s Flood”. Creation 1984; 1(1):11-29.
[3] Austin SA, Morris JD. “Tight Fold and Clastic Dikes as Evidence for Rapid Deposition and Deformation of Two Very Thick Stratigraphic Sequences”. In: First International Conference on Creationism, Pittsburgh, Pennsylvania, August 4-9, 1986. Publicado posteriormente em: Proceedings of the First International Conference on Creationism, R. E. Walsh, C.L. Brooks & R. S. Crowell (Eds.), p. 3-13, 1986. Disponível em: http://static.icr.org/i/pdf/technical/Tight-Fold-and-Clastic-Dikes-Rapid-Deposition-Deformation.pdf
[4] Fritz WJ. “Reinterpretation of the Depositional Environment of the Yellowstone Fossil Forests”. Geology 1980a; 8:309-313.
[5] Fritz WJ. “Stumps transported and deposited upright by Mount St. Helens mud flows”. Geology 1980b; 8:586-588.
[6] Coffin HG. “Erect Floating Stumps in Spirit Lake, Washington”. Geology 1983a; 11: 298–299.
[7] Coffin HG. “Mount St. Helens and Spirit Lake”. Origins 1983b; 10(1):9-17.
[8] Chadwick A, Yamamoto T. “A paleoecological analysis of the petrified trees in the specimen Creek area of Yellowtone National Park, Montana, U.S.A. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology 1984; 45(1):39-48.
[9] Berthault G. “Experiments on lamination of sediments, resulting from a periodic graded-bedding subsequent to deposition – a contribution to the explanation of lamination of various sediments and sedimentary rocks”. Compte Rendus Académie des Sciences, Paris 1986; t. 303, Series II(17):1569-1574.
[10] Berthault G. “Sedimentation of a heterogranular mixture-experimental lamination in still and running water”. Compte Rendus Académie des Sciences, Paris 1988; t. 306, Series II:717-724.
[11] Julien PY, Lan Y, Berthault G. “Experiments on Stratification of Heterogeneous Sand Mixtures”. Bulletin of the Geological Society of France 1993; 164(5):649-660.
[12] Middleton GV. “Johannes Walther’s law of the correlation of facies”. Geological Society of America Bulletin, 1973; 84(3):979-988.
[13] Boguchwal LA, Southard JB. “Bed configurations in steady unidirectional water flows. Part 1. Scale model study using fine sand”. Journal of Sedimentary Petrology 1990; 60:649-657.
[14] Southard JB, Boguchwal LA. “Bed configurations in steady unidirectional water flows. Part 2. Synthesis of flume data”. Journal of Sedimentary Petrology 1990; 60(5):658-679.
[15] Dunbar CO, Rogers J. Principles of Stratigraphy. Nova Jersey: John Wiley & Sons Inc, 1957.
[16] Martill DM. “The Medusa Effect: Instantaneous Fossilization”. Geology Today 1989;5:201-205.
[17] Palmer D. “How busy bacteria turn flesh into stone”. New Scientist (19 mar 1994); p.17.
[18] Hagadorn JW, Dott Jr RH, Damrow D. “Stranded on a Late Cambrian shoreline: Medusae from central Wisconsin”, Geology. 2002; 30(2):147-150.
[19] Cartwright P, et al. “Exceptionally Preserved Jellyfishes from the Middle Cambrian”. PLoS ONE. 2007; 2(10):e1121.
[20] Pradel A, et al. “Skull and brain of a 300-million-year-old chimaeroid fish revealed by synchrotron holotomography”. PNAS. 2009; 106(13):5224-5228.
[21] Organ CL, Janes DE, Meade A, Pagel M. “Genotypic sex determination enabled adaptive radiations of extinct marine reptiles”. Nature. 2009 Sep 17;461(7262):389-92.
[22] Grande L. “Paleontology of the Green River Formation, with a Review of the Fish Fauna”. 2. Ed. The Geological Survey of Wyoming Bulletin 63(1984).
[23] Frey E, Tischlinger H. “The Late Jurassic Pterosaur Rhamphorhynchus, a Frequent Victim of the Ganoid Fish Aspidorhynchus?” PLoS ONE. 2012; 7(3):e31945.
[24] Briggs DEG, et al. “Phosphatization of soft-tissue in experiments and fossils”. Journal of the Geological Society of London 1993; 150(6):1035-1038.
[25] Elder RL, Smith GR. “Fish taphonomy and environmental inference in paleolimnology”. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology 1988; 62:577-592.
[26] Briggs DEG, Kear AJ. “Decay and mineralization of shrimps”. Palaios 1994; 9:431-456.
[27] Hof CHJ, Briggs DEG. “Decay and mineralization of mantis shrimps (Stomatopoda: Crustacea) – a key to their fossil record”. Palaios 1997; 12:420-438.
[28] Flessa KW. “Time-averaging and temporal resolution in Recent marine shelly faunas, in SM Kidwell and AK Behrensmeyer (eds) Taphonomic Approaches to Time Resolution in Fossil Assemblages”. Short Courses in Paleontology Number 6. (The Paleontological Society, 1993), 9-33.
[29] Brand L, Hussey M, Chadwick AV, Taylor J. “Decay and Disarticulation of Small Vertebrates in Controlled Experiments”. Journal of Taphonomy 2003; 1(2):69-95.
[30] Anderson GS, Bell LS. “Impact of Marine Submergence and Season on Faunal Colonization and Decomposition of Pig Carcasses in the Salish Sea”. PLoS ONE 2016; 11(3): e0149107.
[31] Brand L. “Vertebrate taphonomy: the difficulties in becoming a fossil.” 1979. Artigo não publicado. Resultados de um experimento de flutuação de pequena amostra de carcaças de animais.
[32] Brand L, Florence J. “Stratigraphic distribution of vertebrate fossil footprints compared with body fossils”. Origins. 1982; 9:67-74.
[33] Coffin HG, Brown RH, Gibson RJ. Origin by Design. Hagerstown, MD: Review & Herald Publishing, 2005.
[34] Roth A. Origens. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2001.
[35] Sahni B. “Age of the Saline Series in the Salt Range of the Punjab”. Nature. 1944a; 153:462-463.
[36] Sahni B. “Microfossils and problems of Salt Range Geology”. Proceedings of the National Academy of Sciences 1944b; 14(6):1-32.
[37] Cremo MA. “Paleobotanical Anomalies Bearing on the Age of the Salt Range Formation of Pakistan: A Historical Survey of an Unresolved Scientific Controversy”. In: XXI International Congress of History of Science, Mexico City, July 8-14, 2001. Disponível em: http://www.mcremo.com/saltrange.html
[38] Gentry RV. Creation’s Tiny Mystery. 3ª ed. Tennessee: Earth Science Associates, 1992. Disponível em: http://www.halos.com/book/ctm-toc.htm
[39] Taylor S, McIntosh A, Walker T. “The collapse of ‘geologic time’”. Journal of Creation 2001; 23(4):30-34.
[40] Scott GR. “Bedrock Geology of the Kassler Quadrangle, Colorado”. Geological Survey Professional Paper 421-B, Geologic Map of California, San Diego-El Centro Sheet. Sacramento, CA: California Division of Mines and Geology, 1963, p. 71-125. Disponível em: http://pubs.usgs.gov/pp/0421b/report.pdf
[41] Woodard GD. “Redefinition of Cenozoic Stratigraphic Column in Split Mountain Gorge, Imperial Valley, California”. American Association of Petroleum Geologists Bulletin. 1974; 58: 521-526.
[42] Snelling AA. “Rock Layers Folded, Not Fractured”. Answers Magazine 2009; 4(2):80-83.
[43] Self S, Rampino MR. “The 1883 eruption of Krakatau”. Nature. 1981; 294:699-704. Disponível em: http://pubs.giss.nasa.gov/docs/1981/1981_Self_se02000x.pdf
[44] Berneto A. “A incrível explosão do Krakatoa”. Leituras da História 2012; 4(5):42-45. Disponível em: http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/55/artigo271881-1.asp
[45] Thorarinsson S. Surtsey: The New Island in the North Atlantic. Eysteinsson S, tradutor. Nova York: The Viking Press, 1964, p. 39. Tradução de: Surtsey: Eyjan Nyja I Atlantshafi.
[46] Maeno F, Nakada S, Kaneko T. “Morphological evolution of a new volcanic islet sustained by compound lava flows”. Geology 2016;44(4):259.
[47] Kerr RA. “Deep holes yielding geoscience surprises”. Science. 1989 Aug 4;245(4917):468-70.
[48] Kerr RA. “German super-deep hole hits bottom”. Science. 1994 Oct 28;266(5185):545.
[49] Pearson DG, et al. “Hydrous mantle transition zone indicated by ringwoodite included within diamond”. Nature. 2014; 507(7491):221-4.
[50] Schmandt B, et al. “Earth’s interior. Dehydration melting at the top of the lower mantle”. Science. 2014; 344(6189):1265-8.
[51] Berthault G. “Analysis of Main Principles of Stratigraphy on the Basis of Experimental Data”. Lithology and Mineral Resources 2002; 37(5):442-446.
[52] Roth AA. “Flat gaps in sedimentary rock layers challenge long geologic ages”. Journal of Creation 2009; 23(2):76-81.
[53] Baas JH, Best JL, Peakall J. “Depositional processes, bedform development and hybrid bed formation in rapidly decelerated cohesive (mud-sand) sediment flows”. Sedimentology. 2011; 58:1953–1987.
[54] Corliss WR. Unknown Earth. Glen Arm, MD: The Sourcebook Project, 1980.
[55] Roth AA. “A questão do grande tempo geológico e a evidência científica de uma criação recente”. Origins, 1999. Disponível em: http://origins.swau.edu/papers/geologic/questions/defaultp.html
[56] Roth A. “Implications of Paraconformities”. Geoscience Reports 36 (Fall 2003). Disponível em: http://grisda.net/publications/georeports/36.pdf
[57] Morris J. “A canyon in six days!” Journal of Creation 2002; 24(4):54-55.
[58] Austin SA. “Mt. St. Helens and Catastrophism”. Acts & Facts. 1986; 15(7).
[59] Jamieson SSR, et al. “An extensive subglacial lake and canyon system in Princess Elizabeth Land, East Antarctica”. Geology. 2016; 44(2):87-90.
[60] Amos J. “Cientistas dizem ter encontrado abismo gigantesco escondido sob o gelo da Antártida”. BBC News, 2016. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160113_canion_antartida_ab
[61] Borges M. “Abismo pode estar escondido sob o gelo da Antártida”. Blog criacionismo, 2016. Disponível em: http://www.criacionismo.com.br/2016/01/abismo-pode-estar-escondido-sob-o-gelo.html
[62] Brooks JD, Smith JW. “The diagenesis of plant lipids during the formation of coal, petroleum and natural gas-II. coalification and the formation of oil and gas in the Gippsland Basin”. Geochimica et Cosmochimica Acta 1969; 33:1183–1194.
[63] Shibaoka M, Saxby JD, Taylor GH. “Hydrocarbon generation in Gippsland Basin, Australia – comparison with Cooper Basin, Australia”. American Association of Petroleum Geologists Bulletin 1978; 62(7):1151–1158.
[64] Snelling AA. “The recent origin of Bass Strait Oil and Gas”. Journal of Creation 1982; 5(2):43-46.
[65] Snelling AA. “The Origin of Oil”. Ansewers Magazine, 2006. Disponível em: https://answersingenesis.org/geology/the-origin-of-oil/
[66] Pennisi E. “Water, water everywhere: Surreptitiously Converting Dead Matter into Oil and Coal”. Science News 1993;143:121-125.
[67] Simoneit B, Lonsdale PF. “Hydrothermal Petroleum in mineralized mounts at the seabed of Guaymas Basin”. Nature. 1982; 295:198-202.
[68] Vieira TS. “O Pré-Sal e o Ambiente: Apresentação de um Modelo Alternativo para a Formação de Extensas Camadas de Sal e Análise de Alguns dos Aspectos de Natureza Química que o Constituem”. In: VIII Seminário sobre a Filosofia das Origens, Rio de janeiro, 10 a 12 de setembro de 2010. Disponível em: http://www.filosofiadasorigens.org.br/fo/palestras/sfo0008/VIIISFO-TarcisioVieira.pdf

Imagens fonte: Reprodução Google

Everton Fernando Alves

É escritor, palestrante e editor. Mestre em Ciências (Imunogenética) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Especialista em Biotecnologia genômica (Biologia molecular) pela mesma Universidade. Autor de dezenas de publicações em diversos periódicos científicos na área Biomédica. Autor dos livros "Revisitando as Origens" e "Teoria do Design Inteligente". Atualmente, é Cofundador e Editor-chefe da Origem em Revista. Para saber mais sobre Everton, acesse a página Equipe no rodapé do site.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *