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Texto do Alcorão que nega a divindade de Jesus foi lido em Igreja por muçulmana convidada

 


Uma notícia um tanto quanto “desagradável” a fé cristã vem repercutindo em todo mundo. Durante as comemorações da tradição cristã da Epifania e do “Dia de Reis”, que aconteceu no dia 6 deste mês na Catedral Episcopal de Glasgow (da Igreja Episcopal da Escócia, oficial do país), houve uma abertura ecumênica por parte do reverendo Kelvin Holdsworth, responsável pela catedral.

Foi convidada uma estudante muçulmana chamada Madinah Javed para recitar trechos do Alcorão (livro sagrado do Islã) sobre Jesus – o que foi feito – porém, na língua árabe. Contudo, a maioria das pessoas presentes no evento não conheciam a língua e grande parte até elogiou o ato, mesmo sem saber ao certo o que havia sido recitado.

A página da igreja no Facebook comemorou o culto descrevendo-o como um “evento maravilhoso”, além de ressaltar que a congregação ali presente foi lembrada de que “até mesmo os não cristãos reconheciam Jesus”. O vídeo com a leitura do Alcorão foi publicado na mesma página, mas devido a repercussão do caso, tanto a postagem quanto o vídeo foram retirados.

Apesar dos trechos do Alcorão recitados por Javed reconhecerem a historicidade de Jesus, eles negam Sua divindade como Filho de Deus; na verdade, os muçulmanos repudiam essa doutrina. Em parte, a declaração da Surata 19 do Alcorão, que fala sobre Jesus diz:

Este é Jesus, filho de Maria; é a pura verdade, da qual duvidam(890). É inadmissível que Deus tenha tido um filho. Glorificado seja! Quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja!, e é (891)

Quão ouvintes e quão videntes serão, no dia em que comparecerem ante Nós! Porém, os iníquos estão, hoje, em um evidente erro. (892)


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A negação da divindade de Jesus foi explícita durante o culto que celebrava justamente o contrário. A doutrina da divindade de Jesus é um dos pilares da fé cristã, algo amplamente afirmado e difundido no Novo Testamento através dos milênios. Negar a divindade de Jesus implica em negar o cristianismo.

A decisão da liderança da Catedral de Glasgow talvez tenha sido embasada na simbologia que a visita dos reis magos ao menino Jesus traz, o reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador dele. Contudo, neste caso o desfecho foi constrangedor.

Na tentativa frustrada de muitas lideranças cristãs europeias em mostrar “tolerância” as outras religiões e culturas, tem-se aberto um precedente perigoso a fé cristã, como um “cavalo de troia”, pois não há uma visão sensata de limites entre as religiões, que muitas vezes (como no caso do cristianismo e islamismo) se chocam em vários aspectos como doutrina, cultura, moralidade, política, entre outros.

Em entrevista à BBC, o reverendo Kelvin Holdsworth tentou se justificar dizendo que

… as leituras do Alcorão na catedral fazem parte dos esforços para construir relacionamentos entre cristãos e muçulmanos em Glasgow. Tais leituras aconteceram várias vezes no passado, nesta e em outras igrejas, e levaram a aprofundar as amizades localmente, a uma maior conscientização sobre as coisas que temos em comum e ao diálogo sobre as maneiras pelas quais diferimos.

Mas, ao ser questionado se ele sabia o que o texto do Alcorão recitado (Surata 19) dizia sobre Jesus, Holdsworth simplesmente não quis responder.

Em um comunicado, Michael Nazir-Ali, um dos principais líderes cristãos na Grã-Bretanha, condenou a leitura do Alcorão na igreja:

As autoridades da Igreja Episcopal Escocesa devem imediatamente repudiar este convite mal-aconselhado.

Ele também pediu que o principal líder desta igreja, Justin Welby, Arcebispo de Canterbury, reafirmasse publicamente que a Comunhão Anglicana não reconhece o evento ocorrido.

Os cristãos devem saber o que seus concidadãos acreditam e isso pode incluir a leitura do Alcorão para si mesmos, seja no original ou na tradução, mas não é a mesma coisa que lê-lo na Igreja no contexto do culto público, disse ele.

Ainda, segundo Nazir-Ali,

É particularmente insensível ter esta passagem lida na Igreja durante a Festa da Epifania, quando celebramos não só a manifestação de Cristo aos gentios, mas também o seu batismo e a declaração divina: “Tu és o meu filho amado, em quem me comprazo”.

Afinal, não há relatos de ecumenismo que seja proporcionado por parte de lideranças islâmicas, pois eles entendem que não há outra religião verdadeira (e isso inclui aspectos políticos, morais, culturais, etc) além daquela que eles praticam. Assim, não vemos lideranças islâmicas convidando cristãos para lerem a Bíblia em mesquitas ou para participar abertamente de festividades da religião muçulmana.

Até o momento a Igreja Episcopal escocesa não quis se pronunciar publicamente sobre o ocorrido.

 

Referências:

Christian Today – Controversy Over Cathedral Koran Reading Deepens With Denial That Jesus Is Son of God

BBC – Clergyman defends St Mary’s Cathedral Koran reading

4 thoughts on “Texto do Alcorão que nega a divindade de Jesus foi lido em Igreja por muçulmana convidada

  • gustavo

    Eu vou dar o meu entender sobre a visão do islã em relação ao cristianismo, por séculos o cristianismo é visto pelos maometanos como pagãos! É sério! Ora! Me baseio na “doutrina cristã” lá do oriente médio: ícones, estátuas haste com duas serpentes e etc. Isso aos olhos dos maometanos é abominação, além do alcorão enfatizar a não divindade de Cristo para os muçulmanos temos outro fator que mais intriga eles e que também dificulta bastante a pregação do evangelho aos povos muçulmanos: Nós Cristãos não sabemos adorar o nosso Deus da forma que o Novo Testamento quer! Se o apóstolo Pedro e Paulo fossem ressucitados para os dias de hoje: a primeira coisa que eles fariam com certeza era rasgar as vestes depois de saberem que muitos “cristãos” adoravam eles após mortos e que fazem estátuas/imagens de escultura dizendo que esse e aquele é são fulano etc – do mesmo jeito daquela cena lá em Atos quando Paulo e Barnabé foram surpreendidos e com certeza se Pedro voltasse dos mortos hoje ele não estaria lá no vaticano e sim ele estaria pregando o evangelho na Coréia do Norte! O cristianismo deixou de ser uma simples fé como era no inicio; e foi só questão de meio século depois da morte do último apóstolo que a adoração verdadeira foi começando a vacilar vou nem me estender muito mas dentre tantas abominações…
    http://coracaopaternaldesaojose.blogspot.com/2015/04/29-de-abril-santa-catarina-de-sena.html#.WHmodbuZHG8
    Porque não deixam a tal da Catarina descansar em paz a cabeça e o polegar dela? nossa que escroto viu!
    Eu vi numa fonte que “dizem” que depois que a senhora Catarina morreu – pra não dizer santa, pois eu não sei se ela foi santa – foi dito que houve “milagres” perto da tumba onde a coitada estava dormindo…

    Catarina foi enterrada no cemitério de Santa Maria sopra Minerva, uma basílica perto do Panteão, em Roma. Depois que milagres passaram a ser relatados perto do túmulo, Raimundo moveu-o para dentro da basílica[29], onde está até hoje e é visitado por milhares de peregrinos anualmente.
    Sua cabeça, porém, foi separada de seu corpo e colocada no interior de um busto de bronze que, posteriormente, foi levado para Siena para ser carregado pela cidade durante as procissões dominicanas. Nas primeiras, caminhava atrás dele Lapa, a mãe de Catarina, que viveu até os 89 anos e já havia presenciado o fim da riqueza e da felicidade de sua família. Tendo sobrevivido a todos os seus filhos e a diversos netos, Lapa ajudou Raimundo a escrever a biografia de Catarina e afirmou: “Acredito que Deus tenha colocado minha alma de través no meu corpo para que ela não consiga sair”[30]. A cabeça e o polegar incorruptos estão preservados na Basílica de São Domingos, em Siena[29]Iconografia:
    O povo de Siena desejava ter em sua cidade uma parte do corpo de Santa Catarina. Conta-se uma história de um milagre pelo qual o desejo foi parcialmente realizado: sabendo que não seria possível retirar o corpo todo de Roma, a população decidiu tomar apenas sua cabeça, que colocaram numa sacola. Quando foram parados pela guarda romana, oraram a Santa Catarina para que os ajudassem, confiantes que ela desejaria ter seu corpo (ou parte dele) em Siena. Quando a sacola foi aberta pelos guardas, a cabeça não estava ali e ela pareceu estar repleta de pétalas de rosas. Quando chegaram em Siena, a cabeça reapareceu e, por conta desta lenda, Santa Catarina é geralmente representada na arte segurando uma rosa.. Wikipedia

    EIs talvez o motivo lá em Judas da peleja entre Miguel e o diabo a respeito do corpo de Moisés?

    Tá lá a cabeça e o polegar da coitada que já está em estado de putrefação coberta por algum tipo de químico para conservar; ainda dizem que é o milagre da incorruptilidade, se fosse assim até os faraós eram “santos” também. A gente tem que voltar pro pó!
    Isso é um dos motivos de que não é fácil evangelizar aos muçulmanos, pois corrompemos o pão da sã doutrina.

    Oro para que a Paz a Graça e as Boas Noticias do Todo Poderoso Criador por intermédio do seu Filho Yeshua/Iesou O Ungido estejam com todos aqueles que leram isso!

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    • gustavo

      Esclarecendo mais o meu parecer é que o cristianismo já presente no países maometanos é um cristianismo repreensível em relação ao que realmente ensina o Novo Testamento! Ou seja, devemo-nos endireitar-nos primeiro para depois conduzir as Boas Notícias aos muçulmanos. É repreensível e macabro o que algumas basílicas fazem conservando algo, mas que na verdade é para está enterrado, mas eu me tranquilizo, pois prefiro pensar que aquilo sejam só estátuas e não corpos bombardeados de conservantes (o último parece ser verdade).
      As denominações protestantes dentre suas várias facções são também, ao meu ver, dignas de repreensão. Portanto, nós “cristãos” é que tornamos o que era simples em complexo, pois dificultamos o acesso da Verdadeira Boa Notícia aos gentios e o resultado é que somos vistos como pagãos e necrólatras, mas, na verdade temos a fonte: A Bíblia, O Novo Testamento que nos ensinam a adorar em Espírito apenas ao Deus Vivo e unicamente Real.

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